
Nossas crianças
Que brincam, correm, e dormem pelas ruas.
Que sonham com uma oferta de esperança.
Caminham anonimamente pela cidade.
Jogando fora a mocidade.
Por causa de uma sociedade.
Carente da verdade,
Chamada - Amor e Caridade.
Choram abandonadas
Por mães inconformadas
Com o trabalho da renúncia.
Anseiam por corações
Que as tirem da penúria
Para viver em um lar
Repleto de ternura.
São elas que alegram o nosso dia.
Lembrando-nos a cada instante
Que precisamos ser mais amantes
De atitudes e palavras edificantes.
Companheiras sinceras.
Desconhecem as misérias
Da mentira e da falsidade.
Nelas se encontram a esperança.
Da humanidade.
E pensar que existe gente
Que mata nossa gente.
Ainda no ventre.
São doentes, essas pobres criaturas.
Que plantam armaduras.
Para serem suas vestimentas.
Num futuro de tormentas
Entre choros e amarguras.
1998
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