quinta-feira, 12 de junho de 2008

Fresta




Noite fria depois da chuva.

No canteiro de uma rua.

Uma alma solitária.

Vasculha e revira.

O lixo de alguém.


Olhando pela fresta da janela

Observei aquele anônimo.

Em cena de coque estava lá.

Remexendo e revirando

O lixo de alguém.


Ouço dizer por ai...

Que é comum essa cena.

Em muitos canteiros e ruas

De cidades como a minha e a sua.


Assusta-me essa “naturalidade”!

Cada vez mais presente.

Em terras como a nossa.

Indiferença ou insensibilidade?

Diante de uma realidade da sociedade falsa.

Aonde todos como nascituro chegamos nesta vida.

E pela estrada vivemos a transformação:

Criança, adolescente e adulto.




Ancião observa os direitos.

Sobrepondo-se aos deveres.

Sufocando pela indignação todos nós.

Pelo menos!?


14/11/2007

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