sábado, 15 de novembro de 2008

Estou aqui!



Meu grito é pela paz!
Atrevo-me pela letra
Ser a voz do meu preto velho
Pai Francisco e Iemanjá
Oxum, Ogum, Oxalá,

E todos os irmãos Vida
Que pela via sagrada
Peregrinam em busca da luz.

Ainda choro, sim, ainda choro.
Minhas lágrimas têm várias cores.
Ainda vejo Jesus!
Levando uma surra
Sendo crucificado
Em cada esquina deste mundo
À luz do dia
Sob a luz da lua
Diante dos olhos das estrelas
Nas madrugadas
Quentes e frias
Chuvosas e secas
Pelas leis promulgadas
Para serem interpretadas
Pelas almas vendidas
Ao demônio da cretinice
Da mentira deslavada
Falsidade e hipocrisia
Figueiras secas
Na estrada do lodo
Onde trilham os lobos.

Tive um sonho, Oxalá.
Tive um sonho!
Bicho ruim vai embora
Pra nunca mais volta.
Tudo que não presta vai seca.
Nem gripe ou febre mais terá.

Em breve tudo há de muda.
O que não se via se verá.
Mistério? Não!
É a precessão.

Kanimbambo, Xangô!
Sarava meu Senhor!

10/11/2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Pilantropia



Estatuto é no papel.
Associações, Entidades,
Títulos também.
Intenções, trabalhos... Auxiliam.
Gente de dentro.
E gente de fora.

Palavras e pensamentos.
Nobres e podres.
Alguns dizem:
Tire dinheiro daí.

Isso é para os cafajestes.
Raça mal acostumada.
Mansa no conluio.
Aves de rapina.

É por isso que a saúde
Dos órgãos públicos?
Está doente.
Na UTI da pouca vergonha.

Digo logo aos navegantes.
Eu sou de outras bandas.
Raça que não entra nessa dança.
Sou pé de poeira.
Flor que não se cheira.
Não sou filho da iniqüidade.
Muito menos sou madeira.
Pelejada pela talha.
Cara feia?
È Carranca!

Sou Vida pelas vidas
Que não aplaudem bagaceiras.
Sou de outra raça!
Já fui mineral
Já fui um animal
E até vegetal.

Mas foi como Índio
Vivendo nas matas
Que deixei de ser pedra.
Aprendi a amar
A natureza e os animais.

Renasci muitas vezes.
Eduquei a consciência
Sou alma...
De muitas vidas.

10/11/2008

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Era uma vez...






Era uma vez...
As estórias maravilhosas começam assim.
São por serem o que são
Reais, simplesmente,
Uma Estória real.

Existe um País
Que possui as mais belas cores culturais.
Representadas pelo pulsar
De anônimos corações cheios de vida.

Onde o sorriso e o olhar
Dos seus habitantes/povo
No mínimo, iluminam a alma
Daqueles que se deixam contagiar
Pela troca de um olhar.

Nesse Continente
Repousam a água e o leite
Que alimentou o berço
Da humanidade.

É nesse continente
Abraçada pelo sol forte
Que a semente da árvore
Das semelhanças foi plantada.

Esse Continente
Oferece seus frutos
Filhos e irmãos de todos nós
Ao mundo...

Que deles pouco conhecem
Suas lágrimas, suas alegrias
Seus sonhos, suas realizações
Suas músicas, suas farturas
Seu desenvolvimento
Construindo a Paz!

Moçambique.
É um dos bons frutos
Da semente da árvore
Das semelhanças
Que é aquecida
Até os dias de hoje
Pelo sol das manhãs
Continente África!

Através da cultura
Podemos aproximar pessoas,
Mudar conceitos,
Conhecer realidades distantes
E semelhantes de um povo.
Descobrir novos caminhos
Para a solução dos problemas.

Um olhar
Que se deixou contagiar
Pela alma Moçambicana
Revela uma cultura
Que muitos brasileiros
Desconhecem.

E é nessa troca de olhar
Que surgem às uniões.
Forças capazes de oferecer
Momentos de informações
Ampliando os horizontes
Do conhecimento.

Hoyo, Hoyo,...

10/11/2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Janela.




Uma janela fechada diz muitas coisas.
Pode ser que não tenha ninguém.
Pode ser que esteja apenas fechada.
Por não querer deixar aberta.

Uma janela fechada não vê as flores.
E o sol não pode entrar.

Uma janela fechada diz muitas coisas.
Talvez a tranca se quebrou.
Ou esta enferrujada.

Uma janela fechada
É sempre uma janela fechada.
Não deixa o ar se renovar.
A iluminação interior será artificial.
E a vida precisa da luz natural.

Mas se essa janela permanece fechada
É por que tem motivos.
Quem sabe deles?
Quem a fechou.
E onde esta quem a fechou?
Talvez esteja fora ou dentro.
Vai saber de onde.

O que se sabe
É que a janela esta fechada.
Será que um dia ela irá se abrir?
E deixar a luz do sol entrar?

O tempo tem a resposta.
E nem ele pode apagar a luz do sol.

04/11/2008