quinta-feira, 17 de junho de 2010

Falsa ou Verdadeira



Medeia, com o seu lado doce
E o outro sendo temperado pela renovação...
Já consegue observar a própria sombra
que surge na superfície da água,
ganhando movimento por causa das pequenas ondas
que sinalizam o vento das estações,
sem as reações da auto defesa de outrora.

Porém, desdenhar a sua força
que ainda é capaz de dilacerar
quem a desafia para a dança do fogo da gruta
que embora sempre úmida
é fonte que aquece sem queimar e
aperta sem dor quem ouça nela entrar...
É desdenhar-se por completo perante o sagrado.

Em vão acredita-se que tamanha ousadia
Seja fruto da coragem ou algo parecido
Triunfo que desaparece
depois de saber que só conseguiu entrar
por que Medeia permitiu
apenas para retirar a energia vital
de quem a desdenhou.

Assim pode ser Medeia.
Suas forças até pelo vento é sentida e
exalando o seu perfume para alem das fronteiras
onde os sonhos que ainda sonham por lograr-lhe algo
podem ser conhecidas e respeitadas.

Assim pode ser Medeia!
Talvez!

16/06/10

quarta-feira, 2 de junho de 2010



Sabe,
Um dia vou sentir saudades das pessoas que confiaram a mim momentos de diálogos pessoais. Hoje já não as vejo mais.
E vou lhes revelar um segredinho: Aprendi muito a cada momento desses.
Tenho consciência de que não fui capaz de resolver absolutamente nada em nenhum dos casos que chegaram até mim durante os momentos que passo a chamar de "conversa mediúnica".
Coloquei sob o microscópio do tempo tudo o que me foi apresentado naqueles momentos para tentar observar sob o filtro da razão do por que disso e daquilo.
Apenas tentei oferecer o que de melhor podia frente ao nível da capacidade de compreensão e entendimento em que me encontrava: Amizade sincera e atenção.
Através das lembranças aprendi que deixar de pensar em algo e seguir em frente exige muito mais do que simples esquecimento.
Exige manter-se equilibrado em uma linha muito tênue onde outro pensamento advém e também não sabemos o que pode nos reservar depois de um tempo.
Sem muita preocupação com palavras técnicas posso dizer que cheguei a pensar por um momento que vivemos num constante pula - pula de pensamentos e imagens.
E em cada pensamento e imagem sentimos algo em nosso coração.Alguns sentem saudades.
Outros expressam um sorriso, apenas.
Já outros tantos precisam se "apegar', "agarrar" em algo que os motive a ficar no presente e “acreditar" que algo de bom um dia foi escrito, mas que passou.
Todos esses momentos estão inseridos na caixa da memória.
Ainda vou sentir saudades das vidas que me confidenciaram momentos pessoais.
Tenho todos guardados em um lugar muito especial.
Acredito que um dia compreenderei melhor cada encontro, cada momento com essas vidas que sabe - se lá tornarei a reencontrar novamente aqui ou em outro lugar.
Mas enquanto isso não acontece continuo oferecendo o que tenho de melhor.
E se não faço mais é porque realmente não posso.

24.04.10