segunda-feira, 19 de abril de 2010

I Ching



Realmente tudo ao seu tempo.
É assim que vejo o encontro com o Livro I Ching.
Apresenta-se como um filho da vida
Em preto e branco
Ou somente em branco
Ou ainda menos claro
Dependendo é claro de como se busca
o que ele tem para oferecer.
Ou quem sabe até independentemente de como se busca.

Vejo nele, I Ching, um filho da vida.
Que se permite a uma comunicação transmutável.
Sem, no entanto perder-se nos labirintos do tempo
Permanecendo sempre presente
E vivo como um filho da vida deve ser.
A sua simplicidade
permite se relacionar com absolutamente tudo a sua volta.
Sua disposição em ser o que é
o torna transcendente de si mesmo.
E quem o encontra no caminho desta vida
Encontra um amigo.

16/04/10

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Resgate



Dentre as estrelas
que cintilam no espaço infinito
a lembrar pequenas embarcações
no Mar do Universo
vem em ondas muito sutis
uma mensagem dos Serafins

Ventos do sul orientaram
um barco em águas amigas
Mas por invigilância do timoneiro
o barco envereda-se, novamente
em águas agitadas.

Ventos fortes...
balançam a frágil embarcação
Um dos seus tripulantes
É levado à distância.

O coração do timoneiro agita-se
E da Rainha das águas recebe atenção
Que clama ao Rei dos Mares do Universo
a benção da interseção.
Pedido deferido!
É chegado o fim da agitação.

Brisas invisíveis unem-se
Movimentam as ondas do mar
para alem dos oceanos
para devolver ao timoneiro
o sossego e a paz do coração.

Os ventos do sul
Fazem-se sentir novamente
Nas terras do Cruzeiro do Sul
O encontro entre dois corações
E nas mãos do timoneiro
foi entregue o seu tripulante.

Novamente em águas amigas
A embarcação navega
em silêncio
Guardando em seu seio
sob a luz da razão
os detalhes dessa tradução.

Transformam-se
em leves brisas
dentre as estrelas
que brilham no firmamento
a lembrar pequenas embarcações
no Mar do Universo
os ventos do sul.

Em águas amigas
Navega a embarcação
Sob os cuidados dos Serafins.

Silêncio!

30/03/2010

Ainda que distante




Sorri pra mim
metade minha
da minha alma
que chora de saudades
por carregar no peito
a dor da tua ausência
que me mata aos poucos
em silêncio.
E tornou todas as tentativas
de sobreviver sem o teu amor
em uma bobagem.
Sorri pra mim...
Ainda que distante.

30/03/2010